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Os reflexos do conflito de Rússia e Ucrânia na economia mundial

18 de março de 2022
Ucrânia
Sumário

Os reflexos gerados pela situação entre Rússia e Ucrânia na economia mundial são diretos, com pressões especialmente fortes sobre mercados de energia e de alimentos.

O conflito provocado pela invasão do território da Ucrânia pela Rússia trouxe reflexos imediatos para economia mundial. Com isso, o preço dos alimentos e do petróleo se tornou muito volátil. Desta forma, veio um efeito em cadeia na elevação dos preços de bens e serviços no mundo inteiro.

Assim, dois grupos de países foram colocados em situações complicadas: os dependentes do gás natural russo, como a Alemanha, que está sobre pressão para parar de comprar óleo e, com isso, vive uma alta inflação de combustíveis influenciada pela incerteza quanto ao futuro; e os que compram insumos agrícolas produzidos pelo leste europeu, como os agroexportadores, que importam cereais para o crescimento de rebanhos para produção de carne. É principalmente por essas vias – petróleo e fertilizantes – que o Brasil também não escapa das consequências.

Os reflexos na economia mundial

Os impactos provocados pelo conflito mostram como a economia global é interconectada. A participação somada de Rússia e Ucrânia no PIB (Produto Interno Bruto) do Mundo é relativamente pequena: a Rússia possui 3% do PIB global e a Ucrânia responde por apenas 0,14%. Porém, mesmo assim, os impactos negativos são significativos no crescimento do PIB.

Os reflexos no mercado de energia e alimentos são especialmente perversos. Rússia e Ucrânia detêm fatias relevantes em ambos, que são base para muitos outros setores da economia. A Rússia é o principal exportador e segundo maior produtor mundial de gás natural. Além disso, é o segundo maior exportador e terceiro maior produtor de petróleo no mundo, com 12% da oferta global.

A Ucrânia responde por 12% das exportações mundiais de trigo e 15% das de milho -insumos importantes tanto para a indústria de alimentos como para a cadeia de criação de aves e porcos. Além disso, Rússia e Ucrânia dominam, juntas, 30% de todo o comércio mundial de trigo, 17% da oferta de milho, 32% do mercado da cevada e 50% do de óleo, sementes e farelo de girassol. 

O encarecimento de combustíveis fósseis e de grãos tem efeito mais nocivo sobre economias que já estão sofrendo com a inflação, como a brasileira.

A situação no Brasil

No caso do Brasil, há outro agravante: a dependência do petróleo para transportes. Cerca de 60% de tudo o que é transportado aqui depende de combustíveis fósseis. É por isso que o Brasil aparece entre as economias que mais sofrem os efeitos econômicos dessa guerra. Quanto mais petróleo usamos, mais estamos expostos aos impactos econômicos desse conflito.

Outro impacto direto é a dependência que o país tem de fertilizantes que vêm da Rússia, como aqueles que usam potássio em sua composição. O Brasil importa cerca de 80% das 40,6 milhões de toneladas de fertilizantes consumidas pela agricultura anualmente.

Portanto, esse cenário favorece um novo ciclo de rebaixamento nas expectativas de crescimento da economia brasileira. A mediana das projeções para o crescimento do PIB em 2022 no relatório Focus está, atualmente, em 0,3%.

A importância de adiantar créditos

Diante deste cenário de incertezas e certezas negativas, se torna evidente a importância de soluções financeiras. A PJUS, maior empresa brasileira de compra de ativos jurídicos, já adiantou o crédito de mais de 20.000 clientes. São 9 anos no mercado, marcados pela segurança, agilidade e transparência de suas negociações.

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0 Responses

  1. Vislumbra-se, possivelmente, um processo de desglobalização produtivo-financeiro para minimizar os efeitos de uma intervenção, como está que estamos vendo com o boicote a Rússia.
    Temos no Brasil os insumos necessários para nos livrarmos da dependência de importação dos fertilizantes, por exemplo. Basta que haja boa vontade política.
    A COVID-19 foi o estopim para esse despertar. O mundo esteve dependendo de produtos da China, como por exemplo os o sumos hospitalares.
    O séc XXI será um divisor de águas para a relações internacionais

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